Litorina-amarela

Littorina flava (King, 1832)

Reino: Animalia (Metazoa)
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Ordem: Littorinimorpha
Família: Littorinidae

Características
A Littorina flava é um gastrópode marinho de pequeno porte, com concha de forma helicoidal que mede cerca de 1,5 a 2,5 cm de comprimento. A concha é geralmente amarelada, com padrões de faixas marrons ou escuras, o que proporciona camuflagem no ambiente rochoso.
O corpo mole é protegido pela concha e possui um pé musculoso usado para locomoção. Não passa por processo de metamorfose completo, mas sim por uma fase larval (trocófora) antes de se tornar adulta.

                       Foto: Arquivos do Projeto Coleção Zoológica, IFSC Câmpus Criciúma, 2025.

Distribuição e habitat
A Littorina flava é encontrada em ambientes costeiros de regiões tropicais e subtropicais. No Brasil, ocorre principalmente ao longo do litoral, desde o Nordeste até o Sul.

Hábitos
Esses caramujos habitam áreas entremarés de costões rochosos, onde são adaptados a resistir à variação das marés e à desidratação, sendo frequentemente encontrados em rochas expostas ou áreas com pouca vegetação marinha. Eles podem sobreviver longos períodos fora d'água devido à sua capacidade de vedar a abertura da concha com um opérculo.
Possuem hábitos gregários, ou seja, vivem em aglomerações. São herbívoros, alimentando-se principalmente de microalgas e diatomáceas que raspam das rochas com sua rádula, espécie de língua com pequenos dentes. Além disso, são extremamente importantes na cadeia alimentar marinha, servindo de presa para aves e pequenos predadores.

Reprodução
A reprodução da Littorina flava é sexuada, com fertilização é interna. Após a cópula, a fêmea libera os ovos no ambiente marinho. Estes ovos eclodem em larvas planctônicas, chamadas de trocóforas, que posteriormente sofrem transformações até atingirem a forma juvenil e começarem a vida bentônica (no fundo).

Curiosidades
A Littorina flava desempenha um papel ecológico na manutenção do equilíbrio dos ecossistemas costeiros, pois controla o crescimento de algas sobre as rochas e serve como alimento para várias espécies.
Também é usada em estudos de bioindicadores ambientais, uma vez que sua distribuição pode ser influenciada por mudanças no ambiente, como poluição e variações na salinidade.
Economicamente, a espécie não possui grande valor comercial.

Referências

ROCHA, C. M. C. da et al. Distribuição, ecologia e reprodução de moluscos da família Littorinidae na costa brasileira. Revista Brasileira de Zoologia, v. 23, n. 4, p. 1016-1022, 2006.

FERREIRA, C. M.; MANSUR, M. C. D. Moluscos Marinhos Intertidais do Litoral Brasileiro. Acta Biológica Paranaense, v. 31, p. 45-58, 2002.

ABBOTT, R. T. Seashells of North America: A Guide to Field Identification. New York: Golden Press, 1974.

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