Craca-titã (crustáceo)

Megabalanus coccopoma (Darwin, 1854)

Reino: Animalia (Metazoa)
Filo: Arthropoda
Classe: Thecostraca
Ordem: Balanomorpha
Família: Balanidae


Características

Ela pode atingir até 50 mm de diâmetro e de altura, com uma carapaça de cor predominantemente rosa e raios roxos ou brancos. O opérculo (abertura superior) é pequeno, com escuto (área superior interna) roxo a vermelho-arroxeado e tergo (borda interna) branco. A superfície externa das placas pode ser levemente áspera ou estriada.

Embora a longevidade exata não seja amplamente conhecida, cracas em geral costumam viver por alguns anos, dependendo das condições ambientais e da disponibilidade de alimento.

Foto: Arquivos do Projeto Coleção Zoológica, IFSC Câmpus Criciúma, 2025.

Foto: Arquivos do Projeto Coleção Zoológica, IFSC Câmpus Criciúma, 2025.

Distribuição e habitat

Nativa do Oceano Pacífico tropical americano, é uma espécie invasora em muitas regiões, incluindo o litoral brasileiro, devido à sua dispersão em cascos de navios. Ela habita desde costões rochosos até estruturas artificiais submersas, tolerando variações ambientais.


Hábitos e dieta

Vive fixa a um substrato durante sua vida adulta, sendo reconhecida como espécie invasora em diversas regiões, incluindo o Brasil, graças à sua capacidade de fixação em locais como costões rochosos e estruturas artificiais, e por sua alta taxa reprodutiva.

É tolerante a variações de temperatura e salinidade, sendo encontrada submersa em ambientes costeiros.

Sua dieta se baseia na filtração de plâncton (fitoplâncton e zooplâncton) da água, o que ela faz estendendo seus cirros para capturar as partículas suspensas.


Reprodução

A reprodução é sexual e complexa. Sendo hermafrodita, cada craca possui órgãos reprodutores de ambos os sexos, mas prefere a fertilização cruzada com indivíduos vizinhos para aumentar a variabilidade genética. Esta espécie pode se reproduzir continuamente ao longo do ano, e cracas maiores tendem a ser mais férteis.

O ciclo de vida envolve metamorfose. Após a fertilização, os ovos eclodem em larvas náuplios, que são planctônicas e livres-natantes, passando por seis estágios. Em seguida, essas larvas se transformam em cipris, uma fase não alimentar cuja função principal é encontrar e se fixar em um substrato adequado. Uma vez fixada, a larva cipris completa sua metamorfose, originando a craca adulta séssil.


Curiosidades

Ecologicamente, ela altera habitats e compete com espécies nativas, podendo também bioacumular poluentes. Economicamente, causa sérios problemas de bioincrustação em navios e estruturas, aumentando custos e prejudicando a aquicultura. Vinda do Pacífico, destaca-se por seu crescimento rápido e resistência.


Referências

SEVERINO, A.; RESGALLA JUNIOR, C. Descrição dos estágios larvais de Megabalanus coccopoma (Darwin, 1854) e sua variação temporal na enseada de Itapocoroy (Santa Catarina, Brasil). Atlântica (Rio Grande), Rio Grande (RS), v.  27, n.  1, p.  5–16, 2005. DOI: 10.5088/atlântica.v27i1.2199


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