Classe: Bivalvia
Ordem: Mytiloida
Família: Mytilidae
Características
O mexilhão Perna perna costuma medir cerca de 90 mm, mas pode chegar até 120 mm de comprimento. Sua coloração marrom é marcante, mas a principal característica usada para identificá-lo é a "cicatriz retrator posterior dividida", uma marca interna das conchas (valvas). Por possuir duas conchas, são classificados como bivalves.
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| Foto: Arquivos do Projeto Coleção Zoológica, IFSC Câmpus Criciúma, 2025. |
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| Foto: Arquivos do Projeto Coleção Zoológica, IFSC Câmpus Criciúma, 2025. |
Distribuição e habitat
Essa espécie vive em regiões tropicais e subtropicais do Oceano Atlântico e do Oceano Índico Ocidental. Pode ser encontrada na costa oeste da África, em países da América do Sul, no Caribe, no leste da África e em Madagascar. Também foi introduzida acidentalmente no Texas, por navios vindos da Venezuela. Outros países onde está presente incluem Chile, Peru e África do Sul.
Hábitos e dieta
O mexilhão vive preso a substratos como rochas, algas, madeira ou vegetação, usando uma estrutura chamada bissus, que é formada por filamentos que o fixam firmemente ao local. Ele vive em grandes aglomerações e é um animal filtrador, isto é. alimenta-se de partículas orgânicas suspensas na água e de fitoplâncton que são filtradas na medida em que a água circula entre suas duas conchas.
Reprodução
A reprodução ocorre por fertilização externa. Entre maio e outubro (e às vezes em dezembro), os mexilhões liberam óvulos e espermatozoides na água. A partir disso, surgem as larvas véliger, que é uma espécie de larva natante. Em cerca de 15 horas, elas já apresentam dentes articulados bem desenvolvidos. Após 10 a 12 dias, passam pela metamorfose e começam a produzir os filamentos bissais, que permitem que elas se fixem em superfícies rochosas, onde vão crescer até a idade adulta.
Curiosidades
Os mexilhões são consumidos como alimento em várias regiões da América do Sul e da África. Santa Catarina é um dos maiores produtores de mexilhões do Brasil, tornando-se importante atividade econômica no litoral.
No entanto, pode haver casos de intoxicação alimentar causados por ele devido à presença de toxinas, principalmente em períodos de ocorrência de maré vermelha causadas por contaminação das águas. Nestes períodos, a coleta e o uso na alimentação deves ser suspensos.
Outra curiosidade é que ele pode formar colônias tão densas que chegam a afundar boias de navegação.
Referências
BIODIVERSITY4ALL. Perna perna. Disponível em: https://www.biodiversity4all.org/taxa/199357-Perna-perna. Acesso em: 30 jun. 2025.
UNESPAR. Mexilhão Perna perna. Disponível em: https://biodiversidade.unespar.edu.br/colecoes/zoologica/mollusca/mexilhao-perna-perna. Acesso em: 30 jun. 2025.
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