ABELHA-MIRIM-DRORYANA
Plebeia droryana (Friese, 1900)
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Hymenoptera
Família: Apidae
Características
A abelha mirim é uma espécie de pequeno porte, com cerca de 3 a 4 mm de comprimento, e apresenta coloração castanha a escura, com pontos e contornos amarelos no tórax e pernas amareladas. Seu temperamento é discreto e tímido no voo, com raio de alcance de aproximadamente 500 m. Assim como outras abelhas sem ferrão, não possui ferrão funcional, o que a torna inofensiva e ideal para criação em áreas urbanas e educacionais.
Fonte: Arquivos do Projeto "Na trilha do desenvolvimento sustentável", 2025.
Distribuição e habitat
A mirim-droryana tem grande ocorrência no Brasil, especialmente na Mata Atlântica, com registros também no Paraguai, Argentina e Bolívia. Seus ninhos são construídos no interior de ocos de árvores ou em caixas artificiais pequenas, utilizando cerume e geoprópolis para a estrutura interna. As colmeias costumam abrigar entre 2 e 5 mil indivíduos, organizados em uma sociedade composta por rainha, operárias e zangões.
A entrada do ninho é caracterizada por um pequeno tubo de cerume, que permanece aberto inclusive durante a noite.
inserir: fotos do habitat
Hábitos
São abelhas de comportamento discreto, mas muito eficientes na polinização de pequenas flores e hortaliças. A produção de mel é reduzida – pouco viscoso, porém saboroso –, sendo a polinização e a preservação os principais motivos que levam meliponicultores a mantê-las. Em ambiente natural, preferem áreas de floresta, mas também se adaptam a jardins urbanos.
inserir: fotos do grupo
Reprodução
Na colônia de Plebeia droryana, a rainha fértil (fisogástrica) é a principal responsável pela postura de ovos. A diferenciação entre castas – rainhas, operárias e zangões – é determinada pela quantidade de alimento larval recebido durante o desenvolvimento. Larvas que ingerem maior volume de alimento tornam-se rainhas, enquanto as que consomem porções menores originam operárias.
Operárias também podem botar ovos não fecundados, que dão origem exclusivamente a zangões. No entanto, a rainha frequentemente elimina esses ovos quando detecta a postura das operárias.
Após emergirem, as princesas (rainhas virgens) realizam voos nupciais para acasalar, geralmente com um único zangão. O acasalamento induz o desenvolvimento fisiogástrico – aumento do abdômen –, o que impossibilita novos voos e permite o início da postura. Se não forem aceitas pela colônia ou não conseguirem acasalar, as princesas podem ser eliminadas pelas operárias.
Curiosidades
- Apesar do pequeno tamanho, são polinizadoras muito eficientes, contribuindo significativamente para a biodiversidade e a agricultura.
- A produção de mel, embora pequena, tem sabor delicado e propriedades medicinais.
- A estrutura do ninho, feita com geoprópolis, também pode conferir proteção contra microrganismos.
inserir: fotos da produçaõ de mel
Referências
CAMARGO, J. M. F.; PEDRO, S. R. M. Meliponini Lepeletier: abelhas sem ferrão do Brasil. In: Apoidea neotropical: Himenópteros polinizadores e predadores. Editora UNESP, 2013. p. 267–275.
VENTURIERI, G. C. Criação de abelhas sem ferrão. Embrapa Amazônia Oriental, 2008.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA (MAPA). Instrução Normativa nº 10, de 20 de outubro de 2015. Regras para o transporte, registro e manejo de abelhas sem ferrão no Brasil.
MELO, A. F. de et al. Produção in vitro de princesas da espécie Plebeia droryana. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 11, n. 2, p. 01-19, 2025. DOI: 10.34117/bjdv11n2-023.
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